sexta-feira, 26 de junho de 2009

... Dando 1 Rolê! - SeuZé

No dia 20 de junho ocorreu a seletiva Natal do Festival Usina da Cultura e o Coletivo Records esteve ...Dando 1 Rolê! por lá e aproveitou pra trocar uma idéia com as bandas Seu Zé, Bugs e Distro que estavão participando da seletiva.

UMA CONVERSA COM A GALERA DO “SEUZÉ”!


COLETIVO RECORDS : E aí cara, qual a expectativa pra seletiva do Festival Usina da Cultura?

Fell (guitarrista e vocalista): Vamos mostrar canções novas, tá na mão do júri nossa apresentação e espero estar entre os selecionados pra rachar essa van e ir bater lá em Mossoró, tocar nesse festival e toma essa breja, né?...

Tô sabendo que vocês estão preparando mais um disco, como está sendo esse processo de gravação?

Augusto (guitarrista): Estamos construindo, juntando, ensaiando pra caramba. As músicas novas estão sendo montadas bem calmamente, seguindo certo conceito. Hoje vai ser o primeiro show do “Seu Zé” com esta nova formação. Pretendemos mostrar todas as músicas desse novo trabalho lá em Mossoró.

E aí Telo, vai estrear novo show em uma seletiva para um grande Festival, você também tocou no último MPBeco. Como esta a expectativa pra esse show e como estão sendo as gravações do novo disco?

Telo (baterista): As gravações estão indo bem, a pré-produção ta ótima, a dificuldade está sendo manter o meio termo dos climas que Xandi (antigo baterista) botava na banda e meu estilo de tocar, mas tá ficando legal, o som está bom.

E a temática das novas músicas do “Seu Zé”? A banda sempre gosta de fazer surpresas com relação a influências musicais e figurinos... como estão as letras desse novo CD?

Lipe (baixista e vocalista): Normalmente elas tem refletido a entrada de Telo, a parada que demos pra pensar as coisas, de uma maneira geral temos trabalhado com temáticas mais existenciais. No primeiro disco estávamos preocupados com a história do regionalismo, de nordeste, já tentamos fugir dessa idéia e nesse segundo disco não queremos nos preocupar com essa história de seguir uma única temática. Estamos fazendo uma coisa meio que descompromissada mesmo. Como relação a sonoridade, estamos mais psicodélicos, colocando uns teclados muito doidos.

... Dando 1 Rolê! - Bugs

TROCAMOS UMA IDÉIA COM A GALERA DO “BUGS”
(Banda classificada para o festival)
Coletivo Records: Qual a expectativa pra essa seletiva e pra esse festival?

Paolo (Baixista e vocalista): O que esperamos é um bom show e que resulte numa volta a Mossoró, faz tempo que tocamos por lá e foi divertido, espero ter uma próxima.

Vocês estão na fase final de mixagem do novo disco e pela primeira vez gravando com o Dimétrios (guitarra), é um novo Bugs?

Paolo: Cara, gravamos e estamos nos finalmentes - ainda bem, tem um tempo isso. A mixagem está sendo feita lá no “Rock Lab” (estúdio de Goiânia GO, com o baixista da banda MQN) e aí estamos só esperando essa finalização pra começar a divulgação. Quando estiver finalizado, a proposta é construir um site para disponibilizar as faixas. Quem quiser baixa as capas, as letras, o disco, “o caralho a quatro” e fica pra ele. E assim vamos divulgando. do CD. Agora o lance é disponibilizar tudo virtual mesmo! O que mais mudou na banda com a entrada do Dimétrius foi diluir a psicodelia e acentuar as guitarras. Está mais distorcido e um pouco mais rápido, mas continua sendo rock’n roll.

E falando em guitarras, estamos aqui com um dos guitarras o Denilton, então fala aí cara como foi esse processo de gravação das guitarras no novo disco já que são duas agora?

Denilton (guitarrista): Está bem pesado, não vamos ter que duplicar as guitarras como nos outros discos - tem mais uma pessoa pra compartilhar esse peso. Espero que saia o mais rápido possível e como Paolo falou é o mesmo rock’n roll de sempre.

Como ta agenda de shows, já que o “Bugs” é uma banda que toca muito fora do estado?

Paolo: Por enquanto estamos mais amarrados por aqui mesmo: por causa da finalização do disco, tá todo mundo trabalhando também... banda independente tem dessa: todo mundo tem outra atividade e cada um tem que segurar a onda pra coisa funcionar. Tem site e plano de divulgação pra fazer e não podemos nos dispersar, estamos fazendo shows por aqui mesmo. Mas depois do lançamento, é fazer a malinha e pé no mundo.

... Dando 1 Rolê! - Distro

CONVERSA COM RAFAUM (guitarrista e vocalista) DO “DISTRO”.

Coletivo Records: Fala um pouco sobre o CD novo que está na praça?

Rafaum: O CD novo da banda, chamado “Chocolate With Peper”, é nosso primeiro disco em inglês. Já lançamos três EP’s, fizemos show em Recife (19.06) no Festival da ABRAFIN e foi 'ducaralho', a galera recebeu muito bem. Vendemos CD's pra caramba e o que vale é divulgar e viajar... é Xubba Music na veia!

E o que o público pode esperar desse show daqui a pouco?

Rafaum: Vamos tocar só as musicas novas, pois é pouco tempo e esperamos conseguir uma vaguinha pra tocar em Mossoró. Acredito que esse Festival Usina da Cultura é bem interessante e vamos 'botar pra fuder' como foi em Recife.

O “Distro” tem pouco tempo de estrada mais é uma banda que ultimamente tem tocado em estados vizinhos, existe alguma diferença entre o público de cada cidade? Como a galera recepciona a música de vocês?

Rafaum: Eu acho que, não sei se é muita nóia ou lombra, mas quando chegamos lá fora a galera que gosta de rock tem uma receptividade melhor. É isso, se a galera de fora gosta mostramos pra eles, e se galera daqui não gosta continuamos continua mostrando do mesmo jeito. Não vamos deixar de mostrar, vamos continuar fazendo o nosso som.

quinta-feira, 25 de junho de 2009

... Feliz Ano Inteiro - Pangaio [vídeo]


Performance da banda Pangaio durante a final do Festival MPBeco 2009. A canção "Feliz Ano Inteiro", de Jorge Negão, levou os prêmios de Melhor Música e Melhor Arranjo.

Edição e imagens: Joanisa Prates

quarta-feira, 24 de junho de 2009

... Trocando Idéia - Ilton Fonseca [Pangaio]

Conversamos com Ilton Fonseca, vocalista da banda Pangaio - vencedora do Festival MPBeco 2009.

Coletivo Records: Me fale de você, suas influências e experiências musicais?

Ilton Fonseca: Uma longa jornada... Comecei no longínquo ano de 1994 cantando numa banda ligada ao movimento anarcopunk, "Os Seres", que fazia um som punk rock com algumas incursões por outros estilos. Esse grupo ganhou alguma repercussão, graças a músicas como “Zabumba” - que se tornou bastante conhecida, principalmente entre aqueles que apreciavam o referido psicotrópico. Uma outra música, “Festa e Féretro”, despertava a curiosidade por apresentar um ritmo festivo, com letra depressiva, dramática e patética.

Fizemos alguns shows entre 1994-1996 e depois de desencontros estéticos com o pessoal do movimento, tivemos que nos tornar independentes, foi aí que a banda acabou por falta recursos para prosseguir.

Passei um longo tempo sem fazer música, até que em 1998, quando ingressei na UFRN, o ambiente universitário me envolveu e as aspirações pela cultura popular e pelo folclore passaram a me influenciar. Nesse período, Danúbio Gomes, recém ingresso na universidade, traz para a cidade um projeto educativo de musicalização e percussão - que mais tarde seria conhecido por “Projeto Pau e Lata”. A este projeto, agregam-se os músicos Maurício Remígio e Carlos Roberto.

O que a princípio seria apenas um trabalho educativo, torna-se também um trabalho de banda graças a minha insistência. Trabalhei no projeto especificamente na banda Pau e Lata, sem me envolver com a parte educativa. O repertório carecia de composições próprias, mas a inventividade de criar a partir de adaptações, tais como o “Trem Caipira” de Villa Lobos ou canções do compositor potiguar Maguinho daSilva, nos conferiam empatia com público. No Pau e Lata eu cantava as poucas músicas que não eram instrumentais e tocava percussão.

Nossa música, com muita referência aos ritmos regionais, perdurou até meados do final do ano de 1999, entrando num repentino desgaste no ano seguinte. Logo após, desentendimentos entre integrantes levaram dispersão da primeira formação da banda.

Somente em 2001 voltei a me envolver com música, cantando na turnê que o grupo de dança Parafolclórico fez na Alemanha. Logo depois passei a integrar a banda Pangaio. Em 2006 cheguei a me afastar da banda para estudar, e nesse período colaborei nos projetos do Maguinho daSilva como DJ - desde então, tenho conciliado minhas atividades com o Pangaio com eventuais discotecagens.

terça-feira, 23 de junho de 2009

... Feliz Ano Inteiro - Pangaio [single]

Ufa! Até que enfim, a música ganhadora do IV Festival MPBeco

[baixe aqui]

segunda-feira, 22 de junho de 2009

... Dando 1 Rolê! - Curumim

Com o intuito de mostrar o que anda acontecendo na cena cultural que ferve na Cidade do Sol, o Coletivo Records cria a coluna “Dando 1 Rolê!” - um espaço despojado para entrevistas e comentários com clima sempre festivo. Nessa primeira edição, conversamos com o digníssimo Curumim, que estava fazendo um show por essas bandas.
O rolê foi no dia 18 de junho.

*Foto: Giovanna Rêgo

Coletivo Records: Fala aí Curumim, como começou esse lance de música na sua vida?

Curumim: Desde criança eu era “chapado” em Sidney Magal, ficava ouvindo as músicas e querendo usar aquelas roupas. Quando entrei na escola conheci um moleque que tocava violão pra caramba, aí quis aprender também e entrei na aula de violão. Desde então estou fazendo música.

Você é um músico que já tocou e toca com muita gente conhecida. Quando foi sua primeira experiência profissional?

Curumim: Cara eu não sei quando deixou de ser amador, ou quando passou a ser profissional - até hoje acho que ainda é meio a meio. Mas quando eu era bem moleque, uns 16 anos, fui num boteco com amigos e pedimos pra tocar e foi legal: a galera curtiu e fechamos pra tocar lá na semana seguinte - com couvert e tudo mais. Engraçado que era um bar de gente bem mais velha e lotou de adolescente.
E sua carreira profissional? Como começou?
Curumim: De uma maneira bem clássica: uma banda de Nova York, chamada Blackalicios, foi tocar em São Paulo e os caras são donos de uma gravadora. Demos um CD pra eles. Escutaram, entraram em contato e falaram que gostaram do som e que queriam lançar nosso disco lá fora. Acho que dei muita sorte! Eles acreditaram e estavam trabalhando pra agente lá nos EUA, divulgando em revistas, para os festivais... uma galera lá brigando pela gente. E foi desse jeito que começou e é desse jeito até hoje.

No novo disco [Carnaval no Inferno] da banda Eddie, de Olinda, você gravou uma faixa com os caras. Como é seu relacionamento com a música de Pernambuco?

Curumim: Então, depois do Chico Science a cena de Pernambuco bombou. É um estado muito rico culturalmente e muitos artistas foram pra são Paulo, a galera da Nação Zumbi, Eddie, Otto... então estamos sempre trocando figurinhas. O Buguinha Dub também. Essa relação Recife-São Paulo é muito legal, as cidades se parecem, combinam. Gosto muito da galera, é uma parceria que sempre rende boas músicas.

Suas músicas tem bastante coisa da soul music, dá pra notar nas músicas influências de Stevie Wonder, Jorge Benjor e Trio Mocotó. Explica um pouco essa ligação pra gente?
Curumim: Hoje um pouco menos, mais ainda escuto muito. Teve uma fase que eu só escutava Stevie Wonder, mas não só ele: outros do soul e do funk norte-americano. Estudei muito isso e é engraçado, primeiro comecei escutando a música americana pra depois sacar o funk samba brasileiro. Está tudo muito ligado, tudo faz parte do mesmo molho de uma macarronada: o funk e soul norte-americano, o samba brasileiro, o reggae jamaicano, a salsa cubana... pra mim estão todos conectados.
E como está a agenda pro futuro, qual o próximo projeto?

Curumim: Cara tá difícil dizer, porque o presente está bem corrido. O futuro pra mim é amanhã. Mas vamos fazer uma turnê nos Estados Unidos, Canadá e Europa. Vai rolar até um país da África. Depois vou participar da gravação do novo CD do Arnaldo Antunes, e sair em turnê com ele no segundo semestre. Por enquanto, panser em um próximo disco meu acho que só no próximo ano, não sei ainda.

Deixa uma mensagem pra galera de natal pra quem ta começando na música.

Curumim: Cara, eu sempre tive uma relação com a música muito forte, a idéia de fazer música é sagrada, a música é mais importante que tudo: que carreira, que estilo, que o próprio instrumento. Às vezes tem 'nego' que só pira no seu instrumento e não percebe o resto das coisas, então a música é fundamental e eu estou aqui por causa dela.

quinta-feira, 11 de junho de 2009

... Outro Dia - DuSouto [single]

A verve dançante e a malemolência típica da banda potiguar DuSouto volta com tudo no single "Outro Dia", que o selo Coletivo Records disponibiliza em primeira mão. Dessa vez, além da guitarra e do baixo, o cavaquinho também e funde às bases eletrônicas.

[baixe aqui agora]

quarta-feira, 3 de junho de 2009

... Tem a Ver - Maguinho daSilva [single]


Como é de praxe, disponibilizamos a música de Maquinho daSilva que concorreu no Festival MPBeco 2009!

terça-feira, 2 de junho de 2009

... Coletivo Records no MPBeco 2009

O Festival MPBeco chega em sua quarta edição apostando na diversidade da música potiguar. Este ano as inscrições bateram recorde e mais de 300 composições entraram no páreo, porém apenas 24 passaram na peneira - entre elas cinco de artistas do selo Coletivo Records.

Maguinho daSilva

Na primeira eliminatória, apresentaram-se Maguinho daSilva e MC Priguissa. O primeiro defendeu a música a música “Tem a Ver”, de sua autoria. A previsão do cantor e compositor é entrar no estúdio no segundo semestre para gravar seu primeiro disco. Já o rapper Priguissa, que já está gravando seu álbum de estréia, apresentou o hit “Essa Boe”.

MC Priguissa

Já na segunda eliminatória, foram defendidas as seguintes musicas: “Feliz Ano Inteiro”, de Jorge Negão, com a banda Pangaio; "Não Vou Mais", da Orquestra Boca Seca; e “Ela Sim”, de Clara e a Noite - a mais nova banda do selo Coletivo Records. Clara também planeja gravar seu primeiro trabalho ainda em 2009.

Orquestra Boca Seca

Os seis prêmios do festival foram disputados por 12 finalistas, entre eles as bandas Clara e a Noite e Pangaio.

Pangaio

Clara e a Noite

Os premiados foram:

1º Lugar e Melhor Arranjo:
Feliz Ano Inteiro (Jorge Negão) - Pangaio

2º Lugar e Melhor Intérprete:
Há Sempre Música (Júlio Lima) - Júlio Lima

3º Lugar e Júri Popular:
Ela Sim (Clara Pinheiro e Gabi Barbalho) - Clara e a Noite

Parabéns a todos!